sábado, 19 de abril de 2008

De nacionalização em nacionalização.

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O BCP, como todos sabemos, foi nacionalizado pelo partido socialista. De maior banco privado português, passou, como se de um passe de mágica se tratasse, a coutada socialista. Até aqui, tudo como sempre, o Partido Socialista no seu melhor e o BCP a caminho do seu pior. Nada de muito estranho, quando observado de acordo com os actuais padrões aqui da West Coast.

Contudo e onde já tudo começa a assumir foros de patologia é no singelo facto de este banco em particular, que é, note-se, o maior banco privado português, estar à beira de cair no bolso da Sonangol. Empresa que, também por acaso, até já tem no bolso outro símbolo português, a Galp.

Confesso-vos que em teoria nada me move contra este processo em especial. Em qualquer economia saudável as empresas compram-se e tomam posições umas nas outras. A questão que aqui deixo é se esta empresa, dada a sua natureza, fontes dos seus recursos e detentores efectivos desses mesmos recursos, é a parceira que efectivamente pretendemos para duas empresas centrais na nossa economia, como o BCP e a Galp? É que, sublinhe-se, o que aconteceu na Galp e está, pelos vistos, a caminho de acontecer no BCP, é que ambas estão a ser nacionalizadas pelo governo Angolano.
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E será que isto faz sentido?

Luís Manuel Guarita

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