O julgamento do Xenhor Abelino é um permanente apelo à viagem.
A principal testemunha acusa o réu de o ter despachado para o Brasil, com o objectivo de remetê-lo de vez para o outro mundo. O trabalho seria executado a tiro num pinhal do nordeste brasileiro.
O senhor Faria acusa aliás o coronel Torres de exportar com muita frequência testemunhas de acusação para o Brasil e para Angola. Parece ser prática corrente lá para os lados do Marco de Canavezes.
Há neste folhetim um insuportável cheiro a pólvora. As personagens, de pistola no coldre, remetem-nos para a Chicago de Capone ou para a muito Siciliana cidade de Corleone.
O Xenhor Abelino diz que há muitos “javardos” dentro do tribunal. Eu vou mais longe e digo que há demasiada imundice a saltar debaixo deste tapete. Tanta que me apetece entrar num avião e só parar em Estocolmo. Mas com este tipo de posts qualquer dia ainda acabo entaipado ao lado do senhor Faria.
João Castanheira
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