segunda-feira, 12 de maio de 2008

Obrigado Israel


Podia dizer apenas que me revejo no texto que o Luís escreveu sobre o sexagésimo aniversário do Estado de Israel, mas achei por bem dizer mais qualquer coisa.

Este ano decidi cumprir uma das viagens da minha vida. Há muito que tinha pensado visitar os antigos campos de concentração de Auschwitz e Birkenau mas, honestamente, nunca tinha tido coragem para realizar esse pesadelo. Um pesadelo que me persegue desde criança.

Sei que regressarei devastado. Porque, embora tenham passado mais de 60 anos sobre o Holocausto, esta viagem vai colocar-me frente a frente com o horror e a barbárie sem limites, com a face mais negra e tenebrosa da humanidade. Mas tenho mesmo que ir.

Regressarei, julgo eu, com uma admiração ainda maior pelo povo judeu e pelo Estado de Israel.

Israel é, apesar de toda a propaganda esquerdista, um farol da nossa civilização, uma luz encravada entre sociedades guerreiras medievais. Israel é o exemplo da determinação de um povo, que construiu um país próspero em pleno deserto. Um povo que ergueu uma democracia moderna, que partilha connosco os valores da tolerância e da liberdade, quando por ali apenas se conheciam tiranias e ditaduras.

Ao longo dos seus 60 anos de vida, por três vezes o Estado de Israel foi atacado pelos vizinhos árabes. E por três vezes saiu vencedor. A Guerra da Independência (1948), a Guerra dos Seis Dias (1967) e a Guerra do Yom Kipur (1973) foram tentativas concertadas para erradicar do mapa o Estado de Israel.

Durante estas seis décadas, raro foi o dia de paz para um povo que já merecia a sua paz. Todos os dias chovem rockets e explodem bombas em cima da população civil de Israel. São aos milhares os ataques cobardes e indiscriminados de organizações terroristas, como o Hezbollah e o Hamas, exércitos bárbaros que aos olhos da nossa esquerda caviar são heróis da libertação (!?).

Aqui há uns tempos, alguém se lembrou de organizar uma manifestação de protesto à porta da embaixada de Israel em Lisboa. Por lá se encontraram um punhado de neo-Nazis e uma mão cheia de apoiantes do Bloco de Esquerda, que ali partilharam, de forma fraterna, o seu ódio a Israel. Não se poderá exportá-los para Teerão?

João Castanheira

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