quinta-feira, 13 de março de 2008

Coisas de sempre

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Mais de um século passado sobre a primeira viagem de comboio em Portugal. Mais de 20 anos passados sobre a avalanche de dinheiro que gratuitamente a Europa nos ofereceu. Depois de infindáveis páginas escritas sobre os benefícios do transporte ferroviário, estamos hoje iguais ou pior que há meio século atrás.

Temos hoje menos linhas de caminho de ferro. Continuamos a utilizar composições sucessivamente recauchutadas e com mais de três décadas e ainda assistimos ao facto surreal de numa das mais pequenas redes de caminho de ferro da Europa, subsistirem coisas como passagens de nível onde amiúde se dão acidentes como aquele a que assistimos na linha do Oeste.

Já não tenho dúvidas, há, de há anos a esta parte, uma gigantesca conspiração para acabar com o caminho de ferro em Portugal.

Este país, como no título do filme, não é para locomotivas e por vezes, dá-me a sensação, não é mesmo para ninguém.

Luís Manuel Guarita

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