quinta-feira, 13 de março de 2008

Nós por cá, eles por lá.

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Este episódio do Sr. Eliot Spitzer é bem revelador das imensas diferenças ainda existentes nos dois lados do Atlântico.

Nós por cá jamais concordaríamos que um problema de saias pudesse ser causa obrigatória de demissão de um detentor de um cargo público. Confesso que neste capítulo considero o extremismo moralista americano algo hipócrita.

Eles por lá acham que isso, entre outros escândalos, como a corrupção ou o desvio e má-gestão de fundos públicos, é, mais do que razão, obrigação para a demissão de quem os praticou. E é nestas últimas questões que a grande diferença entre eles e nós se estabelece.

O EUA podem ter todos os defeitos do mundo, mas que entre a lisura e integridade da assumpção de cargos públicos que por lá se pratica e a pastosa e ruinosa interpretação desses mesmos cargos que por cá se realiza, há um oceano de diferença, isso há.

E o mal de tudo isto é que, pode a esquerda demonizar a América o que quiser, que a verdade é que, séculos passados sobre Tocqueville, ainda muito temos a aprender com eles sobre como concretizar uma democracia.

Luís Manuel Guarita

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