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A nossa esquerda, muito desprovida de memória e um tanto saloio-caviar, tende a afirmar que o mal supremo que Israel representa para os palestinianos decorre do facto de os primeiros estarem a colonizar uma terra que pertencia aos segundos. Nesta história a esquerda esquece amiúde a história longínqua e a história recente, até porque Israel começou por ser uma causa da esquerda europeia. Mas pronto, a memória tende ela própria a ser naturalmente selectiva.
Vem isto a propósito da investida do Hezbollah contra o Estado libanês e sobretudo, caso vençam, da sequencial iranização daquele país, que já foi em tempos maioritariamente cristão, e, em consequência do mais do que óbvio genocídio cultural e da perseguição, já para não falar de outras coisas que se esperam, quer dos que se lhe opõem, quer das outras religiões que habitam o Líbano.
E agora, face ao cataclismo que se abaterá sobre o Líbano, que posição, à luz dos critérios que aplica em Israel, tomará a esquerda?
Luís Manuel Guarita
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