
Trinta e três anos após o grande assalto à economia portuguesa, a nacionalização do BPN cobre-nos a todos de vergonha.
É certo que com o banco transformado num farrapo, não restava ao governo outra alternativa para salvar os depósitos e preservar a confiança no sistema bancário. Desse ponto de vista, a nacionalização é provavelmente o mal menor.
Porém, embora surja num momento de implosão do sistema bancário internacional, o estoiro do BPN nada tem que ver com a crise financeira que arrasou a banca em vários países do mundo.
Habilmente, o governo aproveita uma onda favorável às nacionalizações. Mas aqui não há subprime. O que há são offshores clandestinos, balcões virtuais, lucros fictícios, juros insustentáveis, negócios ruinosos, fuga ao fisco e lavagem de dinheiro.
O que se passou no BPN é, acima de tudo, um caso de polícia.
Só que o estoiro do BPN revela também, uma vez mais, a absoluta incapacidade do Banco de Portugal para regular a actividade do sector bancário.
Há anos que se ouvem e lêem histórias escabrosas sobre o BPN. Uma instituição financeira onde a política se misturou com o futebol e a construção civil, numa imparável caminhada rumo ao abismo. Um lodaçal de meter medo, que aos poucos foi afastando os investidores e os clientes.
É certo que com o banco transformado num farrapo, não restava ao governo outra alternativa para salvar os depósitos e preservar a confiança no sistema bancário. Desse ponto de vista, a nacionalização é provavelmente o mal menor.
Porém, embora surja num momento de implosão do sistema bancário internacional, o estoiro do BPN nada tem que ver com a crise financeira que arrasou a banca em vários países do mundo.
Habilmente, o governo aproveita uma onda favorável às nacionalizações. Mas aqui não há subprime. O que há são offshores clandestinos, balcões virtuais, lucros fictícios, juros insustentáveis, negócios ruinosos, fuga ao fisco e lavagem de dinheiro.
O que se passou no BPN é, acima de tudo, um caso de polícia.
Só que o estoiro do BPN revela também, uma vez mais, a absoluta incapacidade do Banco de Portugal para regular a actividade do sector bancário.
Há anos que se ouvem e lêem histórias escabrosas sobre o BPN. Uma instituição financeira onde a política se misturou com o futebol e a construção civil, numa imparável caminhada rumo ao abismo. Um lodaçal de meter medo, que aos poucos foi afastando os investidores e os clientes.
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Toda a gente sabia menos o Dr. Vitor Constâncio que, como muito bem lembrou Paulo Portas, recebe o maior salário do regime, precisamente para evitar estoiros como este.
Mas tal como sucedera no BCP, o Banco de Portugal chegou tarde ao BPN.
E agora serão os contribuintes a pagar a factura.
João Castanheira
Mas tal como sucedera no BCP, o Banco de Portugal chegou tarde ao BPN.
E agora serão os contribuintes a pagar a factura.
João Castanheira
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