quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Onde pára o Zé?

.
Confesso que tinha pelo Zé uma certa admiração. Sim, eu sei que o fulano custou uma pipa de massa ao erário público quando decidiu marrar com o túnel do marquês. E que mesmo sem qualquer pelouro na autarquia, tinha mais assessores que o presidente da câmara de Vila Nova da Rabona. Sim, é verdade que Lisboa merecia um justiceiro com um ar mais lavadinho. Mas, enfim...
.
A verdade é que foi o Zé que pôs em sentido a indústria da caliça! E, ao que parece, foi graças ao Zé que abrandou o tráfego de malas de dinheiro pelos corredores da capital.
.
É por isso que este silêncio é tão ensurdecedor. Afinal, onde pára o Zé?
.
Ele eram conferências de imprensa de manhã, denúncias de cambalachos à tarde, providências cautelares à noite. Uma azáfama.
.
Coincidência ou não, desde que foi laureado com o pelouro dos canteiros o homem eclipsou-se. Tiro em cheio, Zé ao fundo!
.
João Castanheira

Sem comentários: