sábado, 26 de abril de 2008

Angola despeja gasolina na fogueira do Zimbabwe

Atracou hoje em Luanda o navio chinês carregado com material de guerra destinado ao regime de Robert Mugabe.

Depois da autorização de desembarque de armamento ter sido recusada pelas autoridades da África do Sul e de Moçambique, não se esperava outra atitude por parte dos amigalhaços angolanos.

Numa lógica de afrontamento da comunidade internacional, o governo angolano diz que apenas autorizou o descarregamento de “material não especificado”.

Perdidas as eleições, o ditador de Harare prepara-se agora para guerra. Neste cenário, fazer entrar armas no Zimbabwe é o mesmo que despejar gasolina em cima duma fogueira.

Mas do regime despótico da família Santos e seus generais há sempre que esperar o pior. Os massacres de 1975, 1977 e 1991 dão-lhe, aliás, as mais altas qualificações em matéria de carnificinas e banhos de sangue.

Já quanto a eleições, Luanda e Harare partilham a mesma máxima: primeiro evitar, segundo martelar, terceiro disparar.

João Castanheira

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