Mais do que um Estado falhado, o Zimbabwe é, nos dias que correm, uma autêntica anedota.
Mugabe transformou um país, outrora próspero, num sobado circense, que expõe ao ridículo o modelo de governação dominante em África, onde, felizmente, começam a surgir algumas respeitáveis excepções democráticas.
Até há uns anos atrás, o ditador de Harare não destoava na autêntica galeria de horrores que é a maioria dos chefes de estado africanos. Como se sabe, a existência de um tiranete que suga, sem vergonha, toda a riqueza do Estado é um mal comum a muitos dos países da vizinhança.
Mas em 2006 a carcaça velha amalucou de vez. Os fazendeiros brancos foram expulsos das suas terras, a economia do país mergulhou no caos e os zimbabueanos viram-se obrigados a fugir aos milhões para os países vizinhos. A inflação atingiu os 100.000% e um pão, quando existe, custa hoje 200 milhões de dólares zimbabueanos.
Confrontado com uma “inesperada” hecatombe eleitoral nas presidenciais, Mugabe levou mais de um mês a cozinhar um resultado que lhe permitisse inventar uma segunda volta. Depois de muito burilados, os resultados oficiais deram a Morgan Tsvangirai 1.200.000 votos (48%), contra pouco mais de 1.000.000 de Mugabe (43%).
Na segunda volta, o tiranete conseguiu "ir a votos” sozinho e a comissão eleitoral apressou-se a atribuir-lhe 2.200.000 votos. Ou seja, todos os zimbabueanos que haviam votado em Tsvangirai ter-se-ão arrependido, transferindo o seu voto para o ditador.
Até quando vai o mundo tolerar esta afronta?
Até quando terá o povo do Zimbabwe que suportar a corrupção, a fraude, a violência e a miséria?
João Castanheira
Mugabe transformou um país, outrora próspero, num sobado circense, que expõe ao ridículo o modelo de governação dominante em África, onde, felizmente, começam a surgir algumas respeitáveis excepções democráticas.
Até há uns anos atrás, o ditador de Harare não destoava na autêntica galeria de horrores que é a maioria dos chefes de estado africanos. Como se sabe, a existência de um tiranete que suga, sem vergonha, toda a riqueza do Estado é um mal comum a muitos dos países da vizinhança.
Mas em 2006 a carcaça velha amalucou de vez. Os fazendeiros brancos foram expulsos das suas terras, a economia do país mergulhou no caos e os zimbabueanos viram-se obrigados a fugir aos milhões para os países vizinhos. A inflação atingiu os 100.000% e um pão, quando existe, custa hoje 200 milhões de dólares zimbabueanos.
Confrontado com uma “inesperada” hecatombe eleitoral nas presidenciais, Mugabe levou mais de um mês a cozinhar um resultado que lhe permitisse inventar uma segunda volta. Depois de muito burilados, os resultados oficiais deram a Morgan Tsvangirai 1.200.000 votos (48%), contra pouco mais de 1.000.000 de Mugabe (43%).
Na segunda volta, o tiranete conseguiu "ir a votos” sozinho e a comissão eleitoral apressou-se a atribuir-lhe 2.200.000 votos. Ou seja, todos os zimbabueanos que haviam votado em Tsvangirai ter-se-ão arrependido, transferindo o seu voto para o ditador.
Até quando vai o mundo tolerar esta afronta?
Até quando terá o povo do Zimbabwe que suportar a corrupção, a fraude, a violência e a miséria?
João Castanheira
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