
A cotação do petróleo está hoje ao mesmo nível a que estava em meados de Dezembro de 2007. Mas cada litro de combustível custa agora mais cerca de 10 cêntimos do que custava naquela altura.
É óbvio que o mercado nacional dos combustíveis rodoviários não funciona. E não funciona porque é dominado por 3 empresas – a Galp, a Repsol e a BP – que repartem entre si mais de 80% do mercado. Como nenhum destes operadores está disposto a ganhar quota de mercado à custa duma política agressiva de preços, a concorrência não passa de uma miragem.
Ainda que informalmente, vigora no mercado dos combustíveis um pacto de não agressão, que é do interesse das empresas e dos seus accionistas. O presidente executivo da Galp, um dos mais competentes gestores deste país, está por isso a cumprir o seu papel.
Já o mesmo não se pode dizer da Autoridade da Concorrência, que se limita a constatar não existirem provas concretas de cartelização. Ora, mal estaríamos se as petrolíferas precisassem de se reunir ou trocar correspondência para combinar preços!
Dito isto, é também surpreendente a ignorância com que esta matéria é abordada pela maioria dos órgãos de comunicação social e até por alguns alegados especialistas em energia.
Dizia hoje um dos tais especialistas que, se ao longo dos últimos 2 meses a cotação do crude caíra 40%, o preço dos combustíveis deveria ter baixado em igual percentagem.
Ora, esta afirmação revela uma ignorância atroz, pois, como se sabe quase 60% do preço da gasolina corresponde a impostos cobrados pela Estado (ISP e IVA). Logo, uma descida de 40% no preço do crude poderia, no limite, produzir uma redução de cerca de 16% no preço da gasolina e nunca de 40%!
O problema é que, até agora, a redução se ficou pelos 5%...
João Castanheira
É óbvio que o mercado nacional dos combustíveis rodoviários não funciona. E não funciona porque é dominado por 3 empresas – a Galp, a Repsol e a BP – que repartem entre si mais de 80% do mercado. Como nenhum destes operadores está disposto a ganhar quota de mercado à custa duma política agressiva de preços, a concorrência não passa de uma miragem.
Ainda que informalmente, vigora no mercado dos combustíveis um pacto de não agressão, que é do interesse das empresas e dos seus accionistas. O presidente executivo da Galp, um dos mais competentes gestores deste país, está por isso a cumprir o seu papel.
Já o mesmo não se pode dizer da Autoridade da Concorrência, que se limita a constatar não existirem provas concretas de cartelização. Ora, mal estaríamos se as petrolíferas precisassem de se reunir ou trocar correspondência para combinar preços!
Dito isto, é também surpreendente a ignorância com que esta matéria é abordada pela maioria dos órgãos de comunicação social e até por alguns alegados especialistas em energia.
Dizia hoje um dos tais especialistas que, se ao longo dos últimos 2 meses a cotação do crude caíra 40%, o preço dos combustíveis deveria ter baixado em igual percentagem.
Ora, esta afirmação revela uma ignorância atroz, pois, como se sabe quase 60% do preço da gasolina corresponde a impostos cobrados pela Estado (ISP e IVA). Logo, uma descida de 40% no preço do crude poderia, no limite, produzir uma redução de cerca de 16% no preço da gasolina e nunca de 40%!
O problema é que, até agora, a redução se ficou pelos 5%...
João Castanheira
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