
A Quinta do Ambrósio é o paradigma de um certo Portugal.
Aqui há uns anos, aquela propriedade do concelho de Gondomar foi transaccionada por 1 milhão de euros, um valor baixo, já que o terreno estava afecto à Reserva Agrícola Nacional, não tendo, por isso, capacidade construtiva.
Seis dias após a transacção, a quinta – que já não era do Ambrósio – foi vendida a uma empresa pública, a STCP, pelo valor de 4 milhões de euros. Com a garantia de que seria desafectada da Reserva Agrícola Nacional. E foi mesmo.
Ao ganhar capacidade construtiva, o terreno viu o seu valor multiplicado por quatro, gerando em poucos dias uma mais-valia de 3 milhões de euros.
Essa mais valia foi paga pelos contribuintes, que todos os anos são convidados a financiar, através dos impostos, o défice crónico da STCP.
E onde foram parar estes milhões?
Citando o que escrevem hoje vários órgãos de comunicação social, aos bolsos de um dos filhos do Presidente da Câmara de Gondomar, do Vice-Presidente da mesma autarquia e de um ex-dirigente do Boavista. Gente com queda para o negócio.
Às vezes penso que, por um qualquer capricho da natureza, Portugal acabou plantado a norte do continente que lhe estava destinado.
João Castanheira
Aqui há uns anos, aquela propriedade do concelho de Gondomar foi transaccionada por 1 milhão de euros, um valor baixo, já que o terreno estava afecto à Reserva Agrícola Nacional, não tendo, por isso, capacidade construtiva.
Seis dias após a transacção, a quinta – que já não era do Ambrósio – foi vendida a uma empresa pública, a STCP, pelo valor de 4 milhões de euros. Com a garantia de que seria desafectada da Reserva Agrícola Nacional. E foi mesmo.
Ao ganhar capacidade construtiva, o terreno viu o seu valor multiplicado por quatro, gerando em poucos dias uma mais-valia de 3 milhões de euros.
Essa mais valia foi paga pelos contribuintes, que todos os anos são convidados a financiar, através dos impostos, o défice crónico da STCP.
E onde foram parar estes milhões?
Citando o que escrevem hoje vários órgãos de comunicação social, aos bolsos de um dos filhos do Presidente da Câmara de Gondomar, do Vice-Presidente da mesma autarquia e de um ex-dirigente do Boavista. Gente com queda para o negócio.
Às vezes penso que, por um qualquer capricho da natureza, Portugal acabou plantado a norte do continente que lhe estava destinado.
João Castanheira
Sem comentários:
Enviar um comentário