quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Auto-avaliação já!


As más-línguas dizem que os sindicatos querem, pura e simplesmente, acabar com qualquer modelo sério de avaliação de professores. As mesmas fontes asseguram que, no seu íntimo, os sindicalistas – e uma boa parte dos professores – pretendem o regresso da indecente progressão automática na carreira.

A acusação é injusta e eu explico porquê.

É que a Fenprof apresentou o seu modelo alternativo de avaliação. E o modelo que a Fenprof defende assenta num violento e muito arriscado processo de auto-avaliação. Isto é, cada professor classificar-se-ia a si próprio. O modelo é muito duro, mas os professores parecem disponíveis para o aceitar, a bem da pacificação do sector.

Nesta óptica, eu defendo mais: auto-avaliação também para os alunos, porque é indispensável acabar de vez com o insucesso escolar.

E mais ainda: auto-promoções, auto-definição de salários e auto-estipulação de horários, não só para o sector da educação, mas para todo o funcionalismo público e já agora também para as empresas privadas.

E porque não auto-julgamentos na justiça, para descongestionar os tribunais?

Todos para a rua, a defender a auto-libertação imediata do Dr. Oliveira e Costa e a auto-atribuição retroactiva da liga dos campeões ao Benfica.

Com a auto-regulação, ninguém pára esta grande nação.

João Castanheira

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