quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Os “mauzões” que por aí andam!


Há dias, nas páginas do Público, Francis Fukuyama escrevia que apesar de por aí haver muitos “mauzões” que abominando a democracia e as sociedades capitalistas e liberais se delas servem para jogar o seu jogo autoritário a realidade é que estes autocratas pós-modernos revelam, por comparação com os seus antecessores, uma debilidade ideológica que os coloca vários patamares abaixo na perigosidade que potencialmente representam para as democracias.

Na verdade e apesar de as fontes do mal de hoje, com excepção das que bebem no radicalismo medieval islâmico, pouco ou nada terem que ver com aquelas que se serviram de ideologias criminosas como o nazismo e o comunismo estalinista, há por muitos cantos desse globo muitos lobos travestidos de cordeiros.

Espécies como a que deu origem aos Chávez deste mundo encontram nas águas tranquilas das democracias triunfantes o ambiente ideal para fazerem medrar a sua mal disfarçada intolerância e declarada arrogância, servindo-se desses mares para construir, na ilusão do jogo democrático, as mais perversas e perigosas ameaças à democracia liberal.

Houve, de facto, ideologias que morreram. Há, no entanto, um mal que perdura.

Luís Isidro Guarita 

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